segunda-feira

o desencanto do mundo ii

Quando a tsunami racionalista desfere um de seus mais gloriosos golpes no resto do mundo -a primeira guerra mundial- e fica evidente que quem não entrar no jogo da indústria, comércio e militarismo vai estar de fora do século XX, Weber entre tantas grandes mentes da época começam a reclamar das consequências do processo que possibilitou sua própria existência.
A burocracia que assola as democracias modernas, desossadas daquele brilho carismático do lider (furher em alemão), que tanto fez falta pra esses românticos do fim do século XIX, está se apagando. A religião perde cada vez mais espaço pra tecnologia. Cada vez mais a elite tem que fazer algum esforço pra continuar sendo elite, e de preferência armado, porque esses pobres também estão cada vez mais de saco cheio. Cada vez mais acabam os cantos selvagens do mundo, em todos os lugares tem algum homem branco catalogando, dissecando e botando pra trabalhar qualquer coisa que sirva os seus (limitados) objetivos de riqueza, progresso e poder.
Quem poderá nos ajudar? Essa situação absurda não pode continuar assim, estão acabando com a graça do nosso mundinho, disseram alguns ilustres homens brancos (e outros não brancos e não homens, mas esses tavam reclamando de levar chumbo mesmo). Não temam mais, figuras intelectuais já mortas a muitas décadas, eu tenho a solução para o seu problema!

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