terça-feira

Eu, Itararé 13


A esfinge devia ter falado "desvenda-me ou procuro outro pra devorar". O mundo seria delirantemente diferente hoje em dia.

quarta-feira

inside london viii


Ninguém tinha certeza de como seria a vida em Londres, ou do que poderia acontecer com a minha modesta pessoa. De entrar na vida de crime e prostituição barata até assumir a reitoria da London School of Economics, tudo era uma incógnita. Eu sempre tive uma só certeza, já quase esquecida no fundo da mente, que se cumpriu ontem: eu iria tomar um baculejo anti-terrorista no metrô. Batata amigos e amigas, batata.

sexta-feira

hipertexto


Preliminar da orgia sadomasoquista mais famosa da literatura. Os estudiosos também notarão os requintes incestuosos e filicidas, com direito à duplo-vínculo e suicídio, e por outro lado realizada somente por homens adultos, sendo que à mulheres e crianças foi permitido só voyerizar a cena. Não é a tôa que a coisa toda é um dos pilares da moralidade ocidental.

quinta-feira

direto do moleskine x.1

Isso aqui.

A conceptualizção do debate (mais do que a maneira que se escolhem os fatos ou as palavras usadas), o que se decide focar, quais as oposições inventadas. Há que se livrar das supertições das oposições naturais (que sabe-deus-lá se existem).
Se o oposto de políticas sociais (supostamente mal feitas) for zero políticas sociais, é óbvio que o eleitorado (que é beneficiário) nunca votaria contra. E fica difícil convencer quem entende de economia (que sabe que o dinheiro injetado na base da pirâmide social circula bem mais efetivamente do que gasto pelo governo em obras de licitação questionável), e quem entende de história do Brasil (que sabe que governo nenhum dos atuais atores políticos vai cortar imposto mesmo que corte todas as políticas sociais, só vai meter o dinheiro em outro lugar, geralmente no bolso) a votar a favor de zero políticas sociais.
Chamar a redistribuição de renda tosca que é feita atualmente de assistencialismo ou esmola, por mais impactante que seja, não é um argumento. É igual chamar o presidente de pinguço ou ignorante, uma perda de tempo que poderia ser usado em analisar as políticas de Estado. George Bush mesmo conseguiu ir longe enquanto seus críticos se perdiam em seus erros de pronuncia e não viam o estado da economia inflada.
Mais engraçado ainda é o silêncio em relação ao que todos já sabem, que mesmo se a oposição ganhar a eleição no Brasil, nem fudendo vai cortar o bolsa-família. A questão lógica que se deriva disso é: quais serão as mudanças (se é que alguma coisa vai mudar) nesses programas, e quais os argumentos que as justificariam?
Esse é O grande problema do governo brasileiro. Não é só a grande mídia que não faz idéia de qual o impacto dos programas sociais, o governo também não tem a menor idéia. Bolsa-família reduz a evasão escolar? Bolsa-família tem alguma correlação com criminalidade (tipo densidade de um e de outro em relação ao mesmo município)? Bolsa-familia tem alguma relação com níveis de internação no SUS?
Eu nunca achei nem os números nem menção a nenhuma análise sóbria sobre isso, e pelo ano que eu trabalhei com o CEF 105 norte, escola modelo da rede pública no DF (por si só é uma das menos ruins do país) desconfio que esses números não existam registrados em lugar nenhum. Sem nenhum critério objetivo pra comparar o estado do país em diferentes governos (que não sejam os mais toscos indicadores econômicos), fica bem difícil evitar a pura ideologia e o populismo da polarização política nesse ano de eleição.

quarta-feira

direto do moleskine x

O debate nesse ano de eleição (tanto no Brasil quanto na Inglaterra) entre esquerda (mais ou menos chamar o PT de esquerda, quanto mais o New Labor) e direita (mais ou menos chamar o PSDB de direita, tudo bem no caso dos Tory) e a maneira que tratam isso como inevitável e natural é tão ridículo quanto ser obrigado a escolher entre o catolicismo e alguma variação protestante: pra que ser cristão em primeiro lugar?

terça-feira

F34.1 – 300.4, antimanicomial

Nas entranhas da sociedade, gorilas tentam domar chipanzés enquanto eu psicografo o desenho dos números do pulso de uma criança assimbólica.

F34.1 – 300.4

Site sensacional pra quem é do ramo, e bacana pra quem é curioso. Quando você olha pro cérebro, o cérebro olha pra você.

Manual do Mal