segunda-feira

quality critic 2 -dessa vez o conteúdo


Pedro me escreveu isso, em uma resposta ao fedor de darwinismo que assola minhas idéias:

"As permanências de estruturas históricas não tedem apenas a impedir ajustes de categorias para que elas se tornem mais adaptadas ao tempo. Muitas das chamadas permanências, foram justamente o que impulsionaram mudanças epistemológicas ou revoluções no conhecimento e nas estruturas científicas [apenas como anedóta, podemos citar o caso de como a crença no éter possibilitou a compreensão da dimensão do espaço-tempo]. A noção mesma de "resistências", "permanências" ou, como diriam os evolucionistas, "sobrevivencias" me parece um tanto equivocada. Todas as idéias são vivas e atuais, todas se modelam aos paradigmas que lhe são impostos e racionalizam os acontecimentos da melhor maneira que a sua estrutura lógica permite. Afinal, se estão junto conosco cronológicamente, não são também nossas contemporaneas? Mesmo que suas bases possam remeter a anos ou séculos, convivemos com essas idéias no presente. E algumas delas podemos certamente lamentar a perda se um dia se foram, pois muito do que hoje é chamado de "novo" não passa de um equívoco da memória."

Um comentário:

Piotr disse...

Vou tentar continuar esse diálogo a medida que o meu tempo permita, não existe possibilidade de ir agora no Sahlins,por exemplo, buscar referências sobre estruturas de racionalização de eventos e produção histórica de "povos sem história" (o que eu acho que ilustraria bem várias questões). Acho importante antes de mais nada saber se estamos realmente dialogando, pois entrar numa discussão daquelas que usalmente tinhamos aqui só pra gastar palavras não me motiva muito. Outra coisa, não acho que seu evolucionismo tenha um cheiro tão ruim, e os evolucionistas aos quais me referi são os primmeiros antropólogos, que possuem uma matriz epistemologica mais próxima do Hegel e do Iluminismo do que de Darwin. Antes fossem Darwinistas...