quarta-feira

vazios IV

Surpresas são melhores quando vem do vazio.
O dragão a serpente e a coruja só assustam quando vem a noite.
E só tem graça quando assustam.
Se deus ficasse de bobeira à vista ninguém acreditaria nele.





valeu Gabriel, quase botei um contador no blog.

3 comentários:

mombasca disse...

Meu amigo Barahona. Devo confessar que fiquei ligeiramente triste em ler seus últimos textos. A mínima possibilidade de um leve sentimento em nublar sua vontade de escrever deixa-me profundamente melancólico. Devo dizer que sou fâ dos meus amigos e as coisas que fazem. Entro todos os dias no blog do zé (e no seu agora) para ler as linhas que meus irmãos escrevem de modo tão original e inteligente. O que escrevi para você, lá no trampo, rápido e sem grandes reflexões, foi apenas um idéia que passou por mim, enquanto estava apreciando os textos. Mas devo discordar um pouco de você, agora que analisou de forma tão correta e refletida sobre isso. Sim, possivelmente estão aumentando os números de leitores no mundo (qual mundo mesmo? Você quer dizer o civilizado né? embora os monstros orientais sem apreço pela vida já se alfabetizavam a muito mais tempo...) de todo modo, hoje em dia existem mais escolas e, em países como o Brasil, podemos encontrar pessoas das mais baixas classes sociais, sem nem água, que puderam aprender a ler, além, é claro, dos outros muitos cursos de alfabetização de adultos e etc. Bom, e dai? Mais pessoas aprenderam e ler, e, logo, aumenta também o número de leitores. Também concordo que existe uma rede de blogueiros e tal, que estão por ai consumindo a mídia "texto" e divulgando suas produções e de outros por. Sim, blogueiros, que escrevem assim como os outros inúmeros milhões de blogueiros, divididos em pessoas com produções sérias, menininhas gordinhas e tristes, nerds desocupados, estudantes de jornalismo "treinando" para escreverem pautas que serão sumariamente limadas por seus editores. No fundo, é uma cultura que, em sua maior parte, se autoconsome. Quem escreve, talvez, leia o que os outros escrevem, a não ser que você tenha um nome ou alguma indicação ou pequena fama dentro desse ciclo, no mais quem lê? Sério, Barahona... sua pala do hipertexto é bem maneira, assim como muito bem conseguiu colocar que cada mídia possui seus atrativos, aquilo mesmo que faz com que exista por ai, mas duvido que todos conseguiriam entender (Barahona, não sei se já pecebeu, mas tu escreve difícil muleque...). embora hoje tenhamos sim que, em algumas manifestações artísticas, termos uma série de conhecimentos prévios, nenhuma delas se compara com a literatura. Até porque, de início, já temos que saber ler antes de tudo. Mas tanto faz isso, o que eu realmente acho que prejudica os escritores atuais é a resistência das pessoas em lerem coisas de desconhecidos... sério, lembra na UnB, quando alguém que a gente nunca tinha visto vem mostrar algo que escreveu. Cara, que saco. Quando alguém começava a ler um texto, ou poeminha num saral... confesso que já tive que me segurar de agonia. A frustração é bem maior... com essas coisas. Um desenho, você nem se frusta se for ruim, até podemos nos divertir e achar graça, mas um texto ruim... não serve pra nada. Sei lá, não nenhuma verdade absoluta, foi só uma coisa que penso de vez em quando, nem vale tanta elocubração, mas fico feliz que tenha rendido uns 4 post ae no seu blog! hehehe mas... o que disse no final, para se render ao lirismo... necessário, meu amigo, mas relaxe, acho que isso acaba nascendo expontaneamente nos escritores. Bela poesia. Gosto muito das suas poesias, na verdade. E sim, eu chamo o ato de escrever a literatura nela mesma de Kafkaniano, embora a banalização do termo. E outra. Coloca ai o contador no blog e vamos ver de qual é... rs

Muitas saudades de ti, sempre falamos de você quando estamos juntos, os mais grandiosos e sinceros elogios, juntamente com as mais baixas e degradantes ofensas, como tem que ser. Te amo.

Unknown disse...

Pedro, acabo de conhecer o seu blog e o da Amanda. Gostei bastante dos dois, mas curti mais o da Amanda. Primeiramente porque a proposta dela é mais simples e não me fez pensar muito. Segundo porque o dela tem o fundo branco e letras pretas, enquanto o seu tem o fundo preto e letras brancas, o que faz com que meus olhos desfoquem o texto. E por último porque o dela tem figuras! Fuck, man, põe umas fotos aí. Curti bastante o que você postou e concordo com o seu brother, que você escreve difícil. hahahaa Com relação ao tema discutido antes, sobre a impressão tanto do consumidor (hail hail capitalismo) e do produtor de qualquer tipo de arte, acho que escrever é mais complexo sim, mas antes pelo lado do consumidor pela exigência de uma séries de fatores (conhecimento da língua, tempo, saco, interesse pelo tema...) Acho que pelo lado de quem escreve é um tanto mais simples. Particularmente não conseguiria me imaginar escrevendo algo que não tivesse fim na apreciação por terceiros. Mas não é uma idéia de toda absurda (a la Kafka). Principalmente porque particularmente pra mim o lance de tocar um instrumento é algo nesse sentido, auto-reforçador. Fico feliz que você tenha encontrado um meio de se expressar, e de forma bem competente (não que competência importe no fundo).
Abraços, cara
Elizeu

Piotr disse...

Acho que só precisava de letras maiores.