quarta-feira

quality critic 1.1

Esse é o ideal do que eu tinha pensado como crítica de blog. Tem uma série de elementos bem blog, como misturar assumidamente histórias da própria vida com o argumento. Mas tem uma idéia poderosa, uma proposta de assumirmos a morte do gênero literário, ou assumirmos a incapacidade de apreciarmos o gênero literário da mesma maneira que idealmente pensamos que no passado ele era apreciado. E não só isso, o raciocínio também invoca uma teoria da percepção da arte, e logo de uma maneira de se fazer arte, muito particular, muito claramente. Separando a apreciação de algo em dois atos, em um impacto (ou ausência de) estético que mais tarde chamaria a um aprofundamento (ou não) da relação com a obra, o consumidor da arte estaria, logo, menos inclinado para se deter nos pormenores do que sequer lhe é distinguível em meio a uma avalanche de sósias. A solução para isso (mesmo que não perfeita) seria se o autor se dispir de qualquer pretensão, e se conformar com a nova realidade do mercado artístico, que aparentemente era diferente no passado por conta de um movimento conspiratório de algum tipo de elite.

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