sexta-feira

vazios

Rolam altos vazios. Vazios em todo lugar. Em um exercicio estranho de torcao de palavras, da pra se imaginar que tudo existe tem que necessariamente ter um fim, um limite, algo que depois de si, tenha outra coisa que nao seja a mesma coisa, uma diferenca, uma ausencia do que acabou (de acabar), um vazio.
No tempo e no espaco, diversos vazios. Pense nos infinitos anos antes do comeco ou no fim do mundo (alias, o que seria um ano sem a terra girando ao redor do sol como referencia, ou o tempo na ausencia de qualquer movimento, no vazio?). E aquele cliche, de que os atomos tem muito mais nada dentro de si do que materia? Tao batido que perde a graca. Ou a imensidao de nada no espaco sideral...pusta vazio.
Na verdade, provavelmente e' um truque pensar em alguma coisa fora do espaco ou do tempo, ja que 1.ou isso nao existe, ou 2.a nossa mente de macaco pelado nao consegue pensar em algo assim. Ninguem reclama que o rato nao entende uma piada, ou que o cachorro nao aprende a falar. Por que diabos o ser humano nao deveria ter limites no que consegue pensar? Um limite do conhecimento, um vazio na mente.

Um comentário:

Eduardo Ferreira disse...

essa triologia de vazios, dizem muito meu caro, macacos distantes pensando seriamente na manutenção de intimidade ao teclar de mensagens na ilusão de proximidade.