quarta-feira

john lennon on benefits: quem é quem

O primeiro objetivo da emigração pelo menos já está sendo cumprido, estou roubando emprego de inglês. Não que só ingleses trabalhem na birosca, mas convenhamos, até no BNP eles devem ter emigrantes e descendentes trabalhando na secretaria, almoxarifado, sei lá.
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A minha direita tem a única pessoa que eu verdadeiramente acredito que tenha ADD. Super gente fina e bem humorado, o camarada me pergunta se eu estou bem em média 25 vezes por dia (as vezes eu conto). Qualquer tentativa de conversa que envolva mais de 3 perguntas em um mesmo assunto é impossível. Pense em alguém rápido como um pivete de fliperama on crack, mas com a memória de curto prazo de alguém que não dorme a uma semana fumando maconha non stop. É isso. Nunca dê um emprego que envolva telefone e velocidade pra um desses.
Fato relevante: sua esposa (em casamento arranjado) chegou do Paquistão semana passada.
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A minha esquerda tem Dorothy, inglesa nascida na Nigéria. Senhora fina em seus 40 e poucos anos. Odeia o trabalho muito mais que eu, e com motivos melhores também: até a crise estourar, ela era uma figura importante em um banco grande, que com a crise remanejou o departamento dela pra Índia, onde ela seria a chefe da porra toda. Mas com família em Londres e um ligeiro nojinho de todo o terceiro mundo que não a Nigéria, ela preferiu descolar o primeiro sub-emprego que apareceu.
Fato relevante: pra quem não sabe, os nigerianos são os trambiqueiros da Africa, e apesar de ser fluente em Yoruba, Dorothy conseguiu criar filhas evangelicamente caretas que (segundo ela) vão casar virgens e tudo mais (e que não sabem falar yoruba).

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