quarta-feira

voi ch'intrate


Nada disso aqui vai fazer sentido da primeira vez, e provavelmente nem na segunda. Quem sabe o leitor precise de um pouco de literatura em psicoterapia também, especificamente psicanálise, sistêmica e quem sabe um pouco de Rogers. Filmes americanos sobre terapia/psicologia vão mais atrapalhar do que ajudar, fique longe desses. E já que estamos falando em ficar longe de, não leve muito a sério os livros de psicoterapia também.
De preferência tenha um pouco de experiência clínica, embora isso não seja essencial de modo algum. Quando alguém escreve que o leitor precisa ter experiência em alguma coisa (ou vivência, ou ter sentido na pele, ou ter estado lá pra ver com os próprios olhos, etc), o que ele quer dizer é que ele não é articulado o suficiente pra explicar o que quer que seja que ele queira explicar, ou que o leitor não é inteligente o suficiente pra entender. Dito isso, talvez eu não seja articulado o suficiente pra me fazer entender. De todo modo o leitor pode se confortar com a garantia de que as idéias que serão expostas aqui não tem como ser vistas em qualquer outro lugar, o que quem sabe compense a dificuldade de entender.
Outro jeito de jogar a culpa do texto ilegível no leitor é exigir mais leitura prévia ainda, de preferência sobre assuntos completamente desconexos que ninguém nunca lê juntos. Como essa estratégia memética é boa demais para ser desperdiçada, leia também Foulcault, Marx, Wittgenstein, aprenda java script, leia sobre a parte mais chata e cretina da gerativa, Lakoff, Ginzburg, Reich, Simmel, Moscovici, Nietzsche, Taleb, Eco e não leia o Dennet -porque se ele entendesse de clínica ele provavelmente já teria tido essas idéias. Melhor ainda, não leia nada disso (menos ainda esse vazio aqui), clique aqui e fique de boa.

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