domingo

doxa 5


A mera existência de uma potência imperial é um dos grandes empecilhos à democracia local. Tudo e mais um pouco é justificado em função da potência imperial. Ditaduras são criadas e mantidas em resposta à ameaça da potência, no cenário frio onde "guerra é paz". Regimes igualmente escrotos são financiados estrategicamente pela potência por serem aliados contra quem se opõe ao império. A autodeterminação do povo é proporcional à distância dos interesses do império.
Cuba só consegue justificar a desgraça que é por causa da ganancia americana. Taiwan só consegue ser o que é (com dinheiro americano) por conta de Pequim. Barbáries árabes continuam graças a Israel e Irã.
Mas o melhor exemplo tem que ser o Afeganistão, que é um inferno desde os persas, passando por Alexandre, mais gregos, uns (vários) outros indianos, chineses, mongóis, paquistaneses, árabes, russos, ingleses, russos de novo (dessa vez soviéticos), e americanos com uma pitada inglesa. Os nativos já devem instintos adaptados pra guerrilha por conta da seleção natural. Quem quer que consiga ter passado os genes ao longo dos últimos 3 mil anos naquele buraco teve que ser carne de pescoço. Se um dia acharem predisposição genética pra revolta armada, eu aposto que vem dali.

Um comentário:

Gabi Pelli disse...

É triste mesmo... verdadeira cultura de sobrevivência, né?