quinta-feira

inside london xii

O protesto de sábado foi grande. Ruas foram bloqueadas, incluindo a frente do parlamento e Trafalgar Square, vários policiais civilizadamente acompanharam a passeata. Dúzias de fotógrafos registraram a coisa toda. No entanto, nada na televisão nem nos grandes jornais.
Ontem milhares protestaram especificamente contra os cortes na educação (que vai triplicar o teto da anuidade que as universidades poderão cobrar). Em minoria, a polícia assegurou o parlamento, mas a turba se deslocou pra sede do partido conservador, que foi ligeiramente barbarizado por figuras mais exaltadas.
Além do aumento súbito nos preços da educação superior (que até os anos 90 era paga pelo governo, tendo sido mudada pelo parlamento trabalhista de Tony Blair), a coalizão que está no poder (partido conservador e o partido social-democrata) não é ajudada pela promessa eleitoral explícita feita pelo partido social-democrata de que não só não aumentaria os preços, como tentaria voltar ao sistema gratuito.
Por conta da destruição de propriedade privada o debate foi completamente desviado da questão dos cortes na educação para os "limites" dos protestos populares. O movimento estudantil (que aparentemente tem lideranças formais tão ineficientes quanto qualquer DCE da UnB) rapidamente condenou a violência. Só esqueceram de dizer que se não fosse por um pouquinho de destruição (14 levemente feridos, sendo 7 policiais -em meio a 50.000 protestantes), talvez ninguém que não estivesse lá saberia o que aconteceu.

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