Um jogo no qual estilhaçam-se os rostos e se distribuem os pedaços
cada um dança sobre um caixão diferente,
ninguém tem um corpo inteiro
usam-se as máscaras dos mortos que já foram
e dos que continuam escondidos em porões frios e escuros
o tom é de porcelana velha
e os desenhos que antes eram rubros
hoje não passam de marcas esquecidas da velhice
no final, ganha quem conseguir colar de volta seus pedaços
e é por isso que quase todos sempre perdemos juntos
cada um dança sobre um caixão diferente,
ninguém tem um corpo inteiro
usam-se as máscaras dos mortos que já foram
e dos que continuam escondidos em porões frios e escuros
o tom é de porcelana velha
e os desenhos que antes eram rubros
hoje não passam de marcas esquecidas da velhice
no final, ganha quem conseguir colar de volta seus pedaços
e é por isso que quase todos sempre perdemos juntos
Um comentário:
Pedro meu caro, vc é um gigante vegetariano rodeado de pequenos carnivoros e carniceiros, um cavalo selvagem tentando adaptar-se a vida doméstica depois dos dezesseis.
Um homem refletindo sobre si mesmo, pois é isso q nos resta. Saudades d chora irmão...
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