sexta-feira

amsterdam 3

Simples e rápido: enquanto em Amsterdam vi muitas putas em vitrines nas ruas -imagem ligeiramente instigante, tanto pelo extenso vocabulário acadêmico de gênero que os anos acumularam na minha cabeça, quanto pelo quanto as minas são gostosas.
Tu confere a carne a disposição na janela, negocia o preço, entra, fecha a cortina, performa o ato combinado, paga e vai embora. Em tese tudo sanitarizado e humanizado, mas na prática é só tu ser muito chato ou mirar uma máquina fotográfica na vitrine pra ver que mesmo aqui ainda existem cafetões, e que eles são tão gentis como em qualquer lugar do planeta.
Não consegui não ficar pensando no dia em que o corpo legislativo da cidade (ou do país, não sei) legalizou esse esquema de comercializalção do sexo, o que passou no jornal, que tipo de telefonema os políticos receberam, o que as pessoas falaram na rua. Só pelo fato da coisa durar tanto tempo me fascina, isso sim é civilização.
Enquanto lá estava tive uma idéia sensacional que aqui disponibilizo pra qualquer empreendedor. No Brasil (por exemplo) comercializar sexo é crime (a não ser que você seja autônomo, o que sempre limita o acúmulo de capital e o consequente desenvolvimento econômico da atividade), no entanto a produção de material audiovisual pornográfico não é crime. Entendeu?
Ou seja, se você montar uma organização que ofereça ao cliente a produção de um filme (ou foto, ou gravação, etc) de uma cena de sexo do pagante (o que incluiria -além do figurino, cenário e mídia- o(a) coadjuvante do ato) isso tecnicamente não é prostituição ou cafetinagem ou crime. É simplesmente um serviço de produção de pornografia personalizada.

Um comentário:

mombasca disse...

Isso não daria certo, cara. A industria pornô funciona porque, além de possuir toda uma regulamentação, é feita por profissionais. Na prostituição, só a puta é profissionais. Além do mais, o próprio conceito de "industria" já pressupoe uma relação de consumo. Quem compraria um filme feito por qualquer escroto carente por ai? Ficaria muito caro. Por qualquer R$ 5,00 conto pode-se conseguir alguma coisas nas rodovias do país. Considerando a prostituição infantil. Mas... se conseguirem brechas legais, com uma infraestrutura barata, pode ser a salvação da insdustria pornô brasileira, que, pelo que ouvi falar, está meio caida e muito criticada. Mas o melhor mesmo é legalizar o serviço de prostituição como um serviço. Um classe de profissionais com sua regulamentação específica e sua representação legal, jurídica e bla,bla,bla. Bom, mas ainda vai faltar educar o brasileiro como comsumir esse serviço...