Mas nas sociedades os sistemas neuróticos são desgraçadamente numerosos. Existem motivos pra isso. Em primeiro lugar, não é simples diferenciar um programa que está rodando bem de um que poderia estar rodando melhor. Neurose é relativa.
Quem programa sabe que é um inferno se convencer que não tem como melhorar o código, que tudo já foi optimizado, que o problema é na máquina, etc. Ninguém sabe exatamente dar valores absolutos pra isso, e na verdade se trata de uma tarefa logicamente (no sentido acadêmico e complicado da coisa, tipo Gödel) impossível.
Mais simples é ver a pessoa neurótica. A resposta ao alienista de Machado é o principal ingrediente de qualquer psicopatologia, o sofrimento. Sem estar sofrendo (ou causando sofrimento a outros) ninguém é diagnósticado de nada. Ouvir vozes e psicografar um livro espírita não é chamado oficialmente de loucura. Ouvir vozes que te mandam cortar os pulsos, por outro lado...
O neurótico é o melhor exemplo desse princípio de sofrimento. O velho Freud mesmo chamava todo mundo de neurótico (apesar de sabe-deus-lá que definição ele usava), enfatizando a relatividade da saúde mental. Todos tem mecanismos mentais menos que perfeitos, mas é imposível dizer quanto pode-se melhorar a coisa, igual no processo de desbugar um programa.
Quem programa sabe que é um inferno se convencer que não tem como melhorar o código, que tudo já foi optimizado, que o problema é na máquina, etc. Ninguém sabe exatamente dar valores absolutos pra isso, e na verdade se trata de uma tarefa logicamente (no sentido acadêmico e complicado da coisa, tipo Gödel) impossível.
Mais simples é ver a pessoa neurótica. A resposta ao alienista de Machado é o principal ingrediente de qualquer psicopatologia, o sofrimento. Sem estar sofrendo (ou causando sofrimento a outros) ninguém é diagnósticado de nada. Ouvir vozes e psicografar um livro espírita não é chamado oficialmente de loucura. Ouvir vozes que te mandam cortar os pulsos, por outro lado...
O neurótico é o melhor exemplo desse princípio de sofrimento. O velho Freud mesmo chamava todo mundo de neurótico (apesar de sabe-deus-lá que definição ele usava), enfatizando a relatividade da saúde mental. Todos tem mecanismos mentais menos que perfeitos, mas é imposível dizer quanto pode-se melhorar a coisa, igual no processo de desbugar um programa.
2 comentários:
Aí...não existe programa que não seja neurótico e que tenha bugs...na verdade, talvez seja por conta dos bugs, dos erros intrinsecos que esse e os outros programas (o universo?) se modificam, evoluem e se transformam. Não compreendendo ou rejeitando a transitoriedade é que transitamos...
curti muito essa sequencia. talvez por está passando por uma experiência pessoal não muito boa em pessoas que não aceitam mudanças tenha absorvido melhor essas linhas.
a mudança é a palavra meu velho. como diria um sábio: pedras que rolam não criam limo.
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